segunda-feira, 4 de maio de 2009

AGORA É www.blogdopaulobandeira.blogspot.com


Resolvi mudar novamente

Fiquei pensando e decidi mudar o nome do blog. Como é impossivel mudar o deste aqui, criei o http://www.blogdopaulobaneira.blogspot.com/. Por favor, peço aos amigos que compreendam mas conclui que o nome narradoresportivo.blogspot.com é um nome muito personagem para um blog pessoal meu. Estou oferecendo a marca narradoresportivo para alguns de meus ídolos, José Carlos Araújo, Pedro Ernesto Denardim, José Aldo Pinheiro ou para o maior de todos, Armindo Antônio Ranzolin, que agora como aposentado pode se servir deste espaço para contar suas magníficas façanhas.

Vamos amadurecendo e percebemos que podemos mudar. O blog do Paulobandeira é mais parecido comigo. Um abraço e agradeço carinhosamente a atenção.

domingo, 25 de janeiro de 2009

REPORTAGEM X CORPOSECTARISMO


Os acontecimentos atuais nos levam a entender a relação entre as palavras Sectarismo e Corporativismo. O termo sectarismo (usado geralmente com conotação pejorativa) pode ser definido como visão estreita, intolerante ou intransigente. Já espírito sectário significa tomar um partido sem tolerar as outras tendências, caracterizando-se pela convicção doentia de propriedade da verdade, da razão e da justiça. Resumindo, a meu ver, espírito sectário é a expressão mais pura do conservadorismo fanático. Já o termo Corporativismo é a ação em que prevalece a defesa dos interesses ou privilégios de um setor organizado da sociedade, em detrimento do interesse público.

As duas palavras servem para muitas representações da nossa sociedade, mas talvez não se encaixe em nenhuma outra com tanta perfeição como junto à classe médica de nosso País, especialmente quando se trata de defender o interesse da organização da classe. Quando isso ocorre, todos acabam se tornando sectários. Sim, além de corporativistas, se tornam sectários. Quer um exemplo? Então trago dois que estão em destaque e passam despercebidos pelos críticos que analisam o comportamento humano e social dos brasileiros.

O primeiro exemplo está materializado no caso da modelo capixaba que morreu após ter amputados seus pés e mãos, necrosados por consequência da imperícia de médicos incompetentes e negligentes que sequer cogitaram a possibilidade da jovem estar sofrendo de uma infecção. Até é possível que um médico se engane, mas o que me deixou estupefato foi ver uma reportagem que mesmo diante da cruel realidade, teve seu desfecho com um "especialista" dizendo que as pessoas não devem se automedicar e que o cuidado deve ser do paciente. Convenhamos, o repórter não se deu conta que deveria questionar a razão do erro médico. Ou não foi erro médico a não verificação de que havia uma infecção?

Tão grave situação é a que vem se verificando nos navios que passeiam com milhares de pessoas no litoral brasileiro. Drogas ilícitas, bebidas em excesso, atendimento médico precário, descaso e, pasmem, imperícia médica ao não conseguir diagnosticar uma meningite. No final da reportagem o susto: A empresa proprietária do navio ratificou a confiança de que o médico procedeu da forma correta, indiferente ao que se pode ter como mais provável, que é de sua incompetência para fazer um diagnóstico de algo que deveria ser fácil para um profissional de medicina.

Ah, só para finalizar, uma das fases mais difíceis da minha vida ocorreu quando meu filho mais velho teve meningite. Ainda bem que eu, que não entendo de medicina, desconfiei vendo que o médico somente se preocupava em aumentar a intensidade dos analgésicos e teimava afirmando que eu estava errado em minha suspeita. Chamei um outro profissional e nos 45 minutos do segundo tempo meu filho foi salvo. Não levei o assunto adiante, pois fiquei feliz com sua recuperação, além de temer um dia precisar daquele idiota atendendo minha família.

Hoje, passado o susto, entendo o repórter que talvez pelo medo de um dia precisar daquele "profissional", preferiu aceitar que tudo terminasse em sua reportagem, como diz o brasileiro, "por isso mesmo". Enquanto isso ficamos nas mãos dessas peneiras humanas que tentam tapar o sol da verdade movidos pelo corporativismo. Eles tentam, mas a luz da verdade sempre acaba aparecendo. Mesmo assim, não nego que posso estar errado nas afirmativas que faço. Estou aberto às opiniões contrárias e como antisectarista e anticorporativista, aproveito-as da melhor forma possível.

sábado, 24 de janeiro de 2009

LONGA ESTRADA DA VIDA? OU AS CURVAS DA ESTRADA DE SANTOS?


A composição do consagrado músico caipira José Rico é uma demonstração clara de que nem sempre a arte imita a realidade. Ocorre que no Brasil em dias atuais, estrada longa não combina com vida. Também não se pode utilizar a frase da composição onde diz "vou correndo e não posso parar" com segurança, já que velocidade e acidente sempre estão muito próximos. Os músicos fazem menção de algo que era encarado como natural no tempo em que 120 km/h era velocidade máxima. O próprio Rei Roberto Carlos andou pela sinuosa estrada de Santos até assustadores 100 km/h e fez questão de fazê-lo com uma melodia lenta e suave.
É obvio que as músicas "Estrada da Vida" e "As Curvas da Estrada de Santos" fazem parte de um passado remoto, da época em que se podia romantizar uma viagem pelo Brasil. Hoje viajar é correr risco de morte. Particularmente, não entendo a razão das estradas brasileiras serem tão sinuosas, tão mal planejadas, tão estreitas, tão esburacadas. Não compreendo o motivo de estradas que recebem muito peso e uma quantidade absurda de veículos todos os dias não racharem e sequer apresentarem ondulações, ao mesmo tempo que outras em locais mais afastados das grandes multidões se desmancharem a cada garoa.
Mas acho que encontrei uma explicação: Quando José Rico compôs Estrada da Vida, ao referir "Vou correndo e não posso parar", estava se colocando na situação de um político, que se elege por ser "ligeiro" e não pode mais parar de roubar.(Aliás, alguns dependem de estradas perecíveis para se manterem na vitrine e continuarem a abocanhar o dinheiro do povo). Já Erasmo e Roberto, quando compuseram As Curvas da Estrada de Santos, referiam-se aos tortuosos caminhos trilhados pelas empreiteiras e ou concessionárias que ainda continuam negociando licitações, ao mesmo tempo em que abonam seus fiéis defensores.
Aliás, acho meio estranho que a Governadora do Rio Grande do Sul tenha melhorado tanto de humor desde o dia em que parou de questionar a prorrogação dos contratos das praças de pedágio, ou mesmo a existência e os valores cobrados pelos pedágios nas estradas gaúchas.
Dia desses vi em um grande jornal da capital uma foto dela dançando com o Secretário Cesar Busato e fiquei pensando: Será que o ritmo musical era de Estrada da Vida, ou seria As Curvas da Estrada de Santos?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Férias, Competência e Sorte

O Rio Grande do Sul vive momentos de glória em sua história esportiva. A Terra dos aguerridos gaúchos foi honrada com o título da Copa América e também reside aqui o clube Vice-Campeão Brasileiro. Títulos, conquistas, superações, são evidências de que gestão de qualidade proporciona garantia de bons resultados. A dupla Grenal é razão para que nos honremos de ser filhos da Querência do Sul do Brasil. Além de fortes, guerreiros e determinados, os cubes que representam o Rio Grande são organizados, planejados, dotados de instrumentos administrativos eficientes e sendo assim, conquistam a respeitabilidade necessária para mais e mais conquistas.
Hoje pela manhã meu filho mais velho debatia comigo sobre o paradigma sorte/competência. Chegamos a um determinador comum: Competência desencadeia um processo efetivo de boa sorte.
Conclusão final: tivemos a sorte de nascer no lugar onde a competência deixou de ser um objetivo para se transformar em uma marca.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

MOTIVAÇÃO




Hoje quero homenagear uma figura humana extraordinária, digna de todo o meu reconhecimento e de todo o meu amor. Quero homenagear a mulher que tem a paciência de me aturar há mais de vinte anos e que tem a capacidade de ser uma Namorada, Amiga, Mulher, Companheira, Conselheira, Protetora e Auxiliadora em todas as horas. Há mais de duas décadas conheci a menina que acabei decobrindo uma Moça Linda e que à minha frente se concretizou como uma Mulher admirável. De todos os dias que com ela convivi, o mais incrível foi hoje e repito isso todos os dias. É que não consigo ficar um só dia sem conversar com ela. Eu sou encantado por ela, sou inebriado por ela, sou embalado por ela, sou acariciado por ela e ela é o motivo de minhas lutas e impulsiona a minha coragem. Parece que nunca deixaremos a cobertura daquele barco que singrou as águas do Delta do Tigre na linda Buenos Aires. Parece que é hoje que estou novamente fotografando o nascimento de nossos filhos, que estou correndo para chorar no ombro dela, que estou me revigorando no amor desta Mulher.
Ficamos quarenta e poucos dias separados pela distância que o trabalho me impõe e eu não consigo ficar sequer um minuto sem pensar em estar abraçado com ela, vendo ela pintar, ouvindo ela falar e percebendo a sua honradez. Ela é uma Mãe excepcional, fantástica com seus filhos. É uma dona de casa que não se dobra para os revezes da vida e é mais: É uma administradora de mão cheia, uma idealista, dedicada, apaixonada pela vida que se emociona com a arte, que aprecia o que há de valioso na natureza e que a cada momento me dá mais e mais motivos para agradecer a Deus, tê-la encontrado.
Já fiz inúmeras manifestações declarando meu amor. Hoje, na noite em que acabamos de assistir a mais um capítulo da novela, que acabamos de falar pelo telefone com nossos filhos amados, eu estou aqui.
Deus me presenteou duas mulheres maravilhosas. A primeira, minha Mãe, querida, sábia, sensível, orientadora, reta, justa e infinitamente amorosa. A outra, minha companheira, minha guria, minha mulher, a mãe do meu Lar.
Se felicidade é poder agradecer, então a minha é imensurável. Obrigado Amor, por existir.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

UM CAMPEÃO

Conheci ele quando ainda era um garotinho, cheio de sonhos e ideais. Sua vontade de jogar futebol era como a de qualquer menino da Escolinha do Cruzeiro, mas tinha em si um conteúdo diferenciado. Ele era falante, inteligente, destemido e a sua autoconfiança se traduzia em resultados diferenciados dos outros que compunham o grupo de quase uma centena de "piás" no Cruzeirinho. O menino treinava e tinha trejeitos de goleador.
Passaram-se vinte anos para que eu descobrisse ter sido responsável por algo que não me perdôo. Talvez para frear a impetuosidade do menino ou pelo meu bestial descuido, deixei de escalá-lo para uma excursão, aliás, a única que promovi na época em que abri a escolinha. Mas é imperdoável, "não podia ter deixado o guri fora da viagem". Ele era tão bom "atleta" quanto os outros, mas no afã de completar um número e sem a necessária meticulosidade, deixei-o fora da lista dos convocados.
Mas o meu mal feito, não criou seqüelas, destarte o fortaleceu para alcançar tão sonhado feito de viajar e jogar vestindo a "azzurra do raposão". Mais que uma excusão(zinha) para uma cidade vizinha, ele atravessou fronteira e foi logo a outro País para representar nosso glorioso estrelado. Ele merecia que eu festejasse, mas na época me atinha à responsabilidade de prover a família e... não vi o que se escancarava à minha frente.
Hoje, vejo o menino crescido a se banhar em lençóis de areia e percebo que ele nasceu pra ser Campeão. Enfim, quando lembro de tão valiosos momentos que desperdicei por não observar os detalhes, me ponho a pensar: -Qual a razão de somente aprendermos o certo depois que ficamos velhos?
Ricardinho ou, como diz o Velho Mestre Menges: Nosso queridão DÃO.
Hoje, tantos anos passados, quero relembrar daquele garoto destemido e sonhador, que guardava no peito um coração grandioso. O filho da Dona Marlene. irmão do Patola companheiro de mal fadados agitos, vibra pela alegria de cada um dos irmãozinhos que conviveram com ele aqueles saudosos e difíceis tempos.
Mas não existe mais a nossa escolinha, não temos mais excursão! Resta-me dizer que de nossas conversas no tapete verde (cheio de cucurutos) do Alceu carvalho, nasceram lições que carrego para o resto da minha vida e uma das mais importantes é esta que tive há dois dias, pois há mais um Campeão que preciso reverenciar. É uma questão de Justiça. Dão, podes crer, a exemplo dos que partilharam daquela jornada, és um grande Campeão!

sábado, 8 de novembro de 2008

Humildade

Existe no Dicionário
mentira e ficção
não se expressa a dicção
no verbete humildade
senão com frase duvidosa
que dita o louco sentido
de uma ficta mensão,
sem clarear na integralidade
o sentido e a razão
se humildade é qualidade ou denigre o cidadão.

Se humildade é qualidade
de onde que vem, então
a virtude do humilde,
sem orgulho ou ambição?
É o puro rebaixamento
no engrandecer na ilusão
de que o que tem sentimento
perece em tal situação.

seja humilde meu amigo
não tema a traição
mas serás espezinhado
triturado, pisoteado
pelos "donos" da razão.